sábado, março 31, 2007

Watford 0-1 Chelsea FC

Estádio: Vacarage Road
Espectadores: 19.793
Árbitro: Uriah Rennie

Watford: Foster, Chambers, Demerit, Shittu e Stwart, Mahon, Francis, Rinaldi e Smith, Henderson e Kabba.
Treiandor: Aidy Boothroyd. Jogaram ainda: Priskin e Bouazza

Chelsea FC: Cech, Gérémi, Ricardo Carvalho, John Terry e Ashley Cole, Makelele, Wright-Phillips, Lampard e Ballack, Shevchenko e Drogba.
Treinador: José Mourinho. Jogaram ainda: Paulo Ferreira, Kalou e Mikel

De regresso ao campeonato, depois de uma pausa algo aziaga para as selecções, o Chelsea teve algumas dificuldades para vencer o Watford e não deixar o United fugir rumo ao título. Um golo de Kalou já nos descontos, deu uma vitória com tanto de suada, como de festejada.

Ao começar a partida, os responsáveis do Chelsea já sabiam que o Man. United tinha trucidado o Blackburn, por sinal próximo adversário blue na meia final da FA Cup, por 4-1, depois de ter estado a perder por 0-1. A pressão passou então para o conjunto liderado por Mourinho, que acusou alguma dessa mesma pressão, o que podería ter complicado sobremaneira a tentativa de revalidação do título de campeão.
O Chelsea viu-se forçado a algumas alterações, fruto dos confrontos das selecções á meio da semana. Desde logo, Gérémi voltou á titularidade, depois de alguns jogos de ausência, substituindo assim Lassana Diarra, que actuou nos dois jogos pela França. Outra ausência, e esta de peso e mais prolongada, é a de Arjen Robben, que se lesionou num joelho no jogo que efectuou pela Holanda na passada quarta-feira, lesão essa que proibirá o extremo de jogar mais esta época, para profundo desagrado de Mourinho. Lampard também jogou com uma protecção no pulso, fruto da mazela que também contraiu ao serviço da Inglaterra. É caso para questionar a FIFA: e agora? Quem vai pagar a operação e os salarios ao Robben?
Quanto ao jogo, José Mourinho actuou em 4x4x2, com o já conhecido losango. Makelele voltou a ocupar o vértice mais defensivo do conjunto blue, e Wright-Phillips parece ter conquistado a confiança de Mourinho, continuando a ocupar o lugar de interior direito do losango. Essien, também ainda não recuperou de uma lesão no joelho, e continuou de fora.
O jogo começou practicamente com o primeiro canto da partida a pertencer ao Watford, que entrou com vontade de contrariar o favoritismo do Chelsea. Na sequência desse canto, John Terry leva com o joelho de Kabba na cabeça e tem que receber assistência. José Mourinho voltou a estremecer, pois o capitão esteve a ser assistido durante algum tempo e pairou no ar a lesão sofrida frente ao Arsenal, na final da Carling Cup. Mas ao fim de um minuto, Terry voltou ao relvado e jogou até ao fim.
O Watford, foi algo súperior ao Chelsea no primeiro quarto de hora, fruto de uma entrada algo apagada o que permitiu aos da casa criarem a primeira grande oportunidade de golo do encontro, ainda não decorriam cinco minutos de jogo. Valeu Cech, que fez uma excelente defesa.
Entretanto o Chelsea começou a equilibrar as contas, e foi Drogba, pouco depois da meia hora de jogo, a proporcionar a Foster o primeiro grande momento da tarde, com uma defesa por instinto, com a perna, a remate do marfinênse depois de bem assistido por Lampard. O Chelsea tentava chegar perto da baliza do Watford, mas assim que os da casa perderam o dominío do jogo, o seu futebol foi totalmente defensivo e sem dar espaços aos jogadores mais criativos do Chelsea, que também não estiveram muito inspirados.
Já perto do intervalo, novamente o Chelsea e novamente Foster. Desta feita o remate foi de Shevchenko, após mais um excelente cruzamento de Ashley Cole, mas o remate do ucrâniano foi defendido pelo guardião do Watford já em cima da linha de golo tendo ainda a cobertura de um outro defesa. Os adeptos blues, presentes no estádio já desesperavam, pois a equipa não estava a ter imaginação suficiente para bater o guarda-redes da casa. Nas bancadas do estádio do Watford, esteve também Roman Abramovich, que demonstrou um ar apreensivo durante quase toda a partida.
Após o intervalo, Mourinho efectuou algumas alterações e deixou nos balneareos Makelele e Gérémi, fazendo entrar Kalou e Paulo Ferreira. Desde logo o esquema de jogo foi alterado para um 4x2x3x1, com Ballack e Lampard mais recuados, embora sem ser amplamente necessário, pois o Watford pouco chegou á baliza de Cech em futebol jogado, Wright-Phillips e Kalou nas alas e Shevchenko atrás de Drogba, que ficou sozinho na frente.
No entanto, a primeira oportunidade de golo da segunda parte surgiu para o Watford, após um lancamento de linha lateral longo para a área, com alguma confusão a instalar-se na defesa blue e a bola a sobrar para Kabba, que rematou ao lado.
Mourinho não gostou e retirou de campo Ashley Cole, fazendo entrar Obi Mikel. Esta alteração fez com que o Chelsea passa-se a dominar por completo o jogo, jogando apenas com três defesas, tendo Paulo Ferreira passado a jogar na lateral esquerda. Shevchenko voltou a fazer companhia a Drogba e Mikel, Lampard e Ballack tomaram conta do meio campo, enquanto que Kalou e Wright-Phillips apareciam bem abertos nas alas e com trocas constantes. O Chelsea começou a chegar com mais perígo junto da baliza de foster, mas parecía que tudo saia mal aos jogadores. Ballack teve o golo nos pés após um dos muitos cantos conquistados no segundo tempo, mas parece que se deslumbrou com a oferta e chutou na atmosfera, tendo-se perdido mais um lance de perígo.
Neste período do encontro foi muito importante a determinação de Ricardo Carvalho e de John Terry, pois muitas das jogadas de ataque dos blues sairam dos pés destes dois pilares defensivos, com o português a ter mais incurssões até perto da área do Watford, onde practicamente todos os jogadores defendiam. A vinte minutos do fim, Wright-Phillips tentou a sua sorte de fora da área, depois de ter corrido mais de meio campo com a bola sem oposição de um jogador da casa, mas o tíro acabou por sair ao lado da baliza de Foster. Sete minutos depois foi a vez de Lampard irritar-se consigo próprio depois de ter demorado algum tempo a rematar e permitir o corte de Shittu in extremis, após mais uma excelente jogada de Wright-Phillips.
Numa das poucas incurssões do Watford á área do Chelsea, Cech, que foi um espectador atento durante grande parte do segundo tempo mostrou toda a sua concentração após um canto e fez mais uma importantissíma defesa a remate de Francis á queima roupa, evitando assim o golo do Watford a três minutos do fim da partida.
E quando já toda a gente esperava pelo empate, eis que Shevchenko arrancou pela direita do ataque e já perto da área, fez um cruzamento milimétrico para a cabeça de Kalou que apareceu em antecipação a um defesa do Watford e bateu finalmente o guardião Foster. Este golo foi muito festejado dentro e fora do terreno de jogo, com os jogadores a rodearem Kalou e Mourinho a explodir de alegría, assim como Abramovich nas bancadas.
Poucos segundos depois o jogo chegou ao fim, e o Chelsea pode ainda acalentar esperanças de chegar ao título, mantendo a diferênça pontual em 6pts para o Manchester United.

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