Chelsea FC 3-3 Tottenham
Espectadores: 41.517
Árbitro: Mike Riley
Chelsea FC: Cech, Paulo Ferreira, Essien, Ricardo Carvalho e Ashley Cole, Diarra, Ballack e Lampard, Robben, Drogba e Shevchenko
Treinador: José Mourinho. Jogaram ainda: Wright-Phillips, Boulahrouz e Kalou.
Tottenham: Cerny, Stalteri, Dawson, Ricardo Rocha e Lee, Zakora, Ghaly, Tainio e Lennon, Defoe e Berbatov.
Treinador: Martin Joll. Jogaram ainda: Mido, Malbranque e Gardner.
O Chelsea esteve a um pequeno passo de ser eliminado da FA Cup, e de perder um jogo em Stamford Bridge ao fim de três anos em competições internas, mas Lampard e Kalou não o permitiram.
José Mourinho viu-se privado de Makelele vítima de gripe e foi obrigado a movimentar Diarra para o eixo do terreno, a sua posição natural. Paulo Ferreira voltou á titularidade, no seu 100º jogo pela equipa do Chelsea. John Terry não foi utilizado, voltando Essien ao eixo defensivo, e Robben manteve a titularidade. Do lado do Tottenham, Robbie Keane não foi convocado devido a lesão, e Ricardo Rocha voltou á titularidade. Martin Joll, baralhou um pouco as contas, usando o losango, quando habitualmente o esquema de jogo é um 4x3x3, com Aaron Lennon a jogar atrás dos dois homens da frente, Berbatov e Jermain Defoe.
O jogo começou practicamente com o golo do Tottenham, apontado pelo avançado que Mourinho tinha elogiado, Berbatov. O búlgaro acorreu a um passe do inevitavel Lennon, que chegou a estar nas cogitações do Chelsea em Dezembro, e bateu de primeira o guarda-redes blue, Cech. Este golo abalou os Blues, que passaram a jogar mais nervosos e a permitir que o Tottenham domina-se por completo a partida, e assim as ocasiões de golo foram-se sucedendo. Aos 12 minutos, Defoe voltou a ter um excelente oportunidade para marcar, mas o cruzamento de Berbatov apanhou o jovem inglês um pouco adiantado. No minuto seguinte o Chelsea chegou com perígo á baliza de Cerny, com Dawson a evitar o golo, num remate de Robben dando o mote para o Chelsea que começou a equilibrar as contas. Ao minuto 21, os blues chegam á igualdade, através de um golo do capitão, Frank Lampard, na sequência de um centro de Drogba, com Shevchenko e Ballack na jogada.
Parecía tudo encaminhado para o Chelsea dar a volta ao marcador, mas 7 minutos depois do golo, uma infelicidade de Essien deu nova vantagem ao Tottenham. Aaron Lennon fugiu pela direita do ataque dos Spurs e centrou, Essien não percebeu que Cech chegaría primeiro á bola e antecipou-se ao guardião introduzindo a bola na própria baliza. O Chelsea respondeu, novamente por Robben mas a defesa do Tottenham voltou a salvar em cima da linha de golo. Ao minuto 34, Mourinho alterou a equipa, mas viria a pagar por isso. Retirou Paulo Ferreira e fez entrar Wright-Pillips, passando a jogar com três jogadores na defesa e logo no minuto seguinte á substituição, Ghaly aumentou a contagem para os visitantes. A jogada nasce de uma perda de bola de robben no meio campo, eo jogador egipcio tenta combinar com Berbatov, mas o passe é interceptado por Ashley Cole, com a bola a sobrar novamente para Ghaly, que acabou por aparecer isolado e bater Cech pela terceira vez. Atordoados pelo mais rápido futebol do Tottenham, os jogadores do Chelsea chegaram a estar perdidos em campo, ainda assim dispondo de mais uma oportunidade para reduzirem, novamente com Robben na jogada, desta feita apontando o lívre para essien cabecear ao lado. O intervalo chegou com 1-3 no marcador e com o espectro da primeira derrota em casa ao cabo de três anos sem conhecer esse sabor.
No reatamento as equipas vieram iguais e o Tottenham continuou a carregar sobre a equipa blue. Aos 51 minutos, o Chelsea podería ter sofrido o 4º golo, não fôssem duas grandes intervenções de Cech. A primeira a remate de Lennon, que voltou a aparecer sozinho, sem marcação, a segunda depois de Ghaly ter insistido e posto a bola na cabeça de Defoe. O guardião do Chelsea pode ter garantido com esta defesa a passagem as meias finais da competição, caso o Chelsea vença em White Hart Lane. O jogo caiu um pouco de ritmo, com inumeras faltas e cartões a serem mostrados pelo árbitro, que até ao momento tinha passado practicamente despercebido, começando também a dança dos bancos. Mourinho tentou dar mais força ao meio campo, que estava a ser trucidado pela maior rapidez dos jogadores visitantes e fez entrar Boulahrouz para o lugar de Diarra aos 55 minutos, recuando o holandês para defesa e fazendo subir Essien para o miolo do terreno. As coisas não se alteraram e Mourinho apostou tudo o que tinha, com a saida de Ashley Cole e a entrada de Salomon Kalou, tendo voltado a recuar Essien para a defesa e Shevchenko para o meio campo, estavam decorridos 63 minutos de jogo. O Chelsea jogou até ao fim da partida com 5 homens na frente de ataque. Martin Joll respondeu com a entrada de Mido para o lugar de Berbatov, que foi desaparecendo á medida que o jogo ia avançando, e o Chelsea começou a crescer. Fruto de tanta gente na frente, aos 70 minutos Frank Lampard reduz para 2-3. Jogada confusa dentro da área do Tottenham, com Ballack e Drogba a falharem o remate e a bola a sobrar para o capitão, que bateu cruzado para onde não estava ninguém, fazendo assim o seu segundo golo no jogo e o segundo do Chelsea. Neste lance, os Spurs ficaram apedir falta de Drogba sobre Ricardo Rocha. O Tottenham sentiu o golo, mas ainda assim dispôs de mais uma excelente oportunidade para aumentar a vantagem, mas Cech esteve novamente em grande, ao defender o remate de Zakora, que levava selo de golo aos 74 minutos de jogo. Martin Joll tentou segurar a vantagem e fez entrar Malbranque para o lugar de Lennon, retirando fulgor atacante, fazendo com que a equipa recua-se no terreno. E mais recuou com a entrada de Gardner, substituindo Tainio, quando faltavam dez minutos para o fim. O recuo acabou por sair caro, pois as 85 minutos, Kalou rematou certeiro para o 3-3, sem hipoteses para Cerny. Lampard cruzou a bola e Drogba assistiu o marfinênse de cabeça, com este a executar um remate em volley perfeito. O empate estava restabelecido e ainda faltavam 5 minutos mais descontos para jogar. Neste período, o Tottenham ainda teve uma oportunidade para desempatar a partida, com Jermain Defoe, a ser mais forte que Ballack e que Ricardo Carvalho e a rematar forte e cruzado, com Cech, mais uma vez a ser providêncial, desviando a bola para a barra. O Chelsea também dispôs de uma ocasião, neste caso por Shevchenko, mas o remate do ucrâniano saiu ao lado. O jogo chegou ao fim minutos depois e a decisão da elimatória vai agora para White Hart Lane. Pela primeira vez, desde que Mourinho assumiu o comando dos blues, que a equipa sofre três golos em Stamford Bridge subindo também para 19 o número de jogos sem perder para o Chelsea, disputados entre as duas equipas em Stamford Bridge.
Já no final da partida, José Mourinho culpou o árbitro pelo empate da sua equipa: "Houve demasiados erros e demasiados erros contra o Chelsea. Não estou a falar de grandes, grandes, decisões. Não quero dizer que houve um penalty por assinalar a nosso favor no final do jogo. Não quero dizê-lo porque estava a 40 metros de distância. Mas todas as pequenas decisões foram em prejuízo do Chelsea. O Dawson saltou com o Drogba, foi com tudo para cima dele e é assinalado um livre contra nós. O Ricardo Rocha entrou com os cotovelos em riste sobre Shevchenko, mas o livre foi contra o Chelsea. Todos os livres no meio do campo foram assinalados contra nós. Não estou contente com esta arbitragem, mas porque Mike Riley é um bom árbitro espero que consiga estar em melhor nível". Sobre a abordagem que o técnico dos blues fêz ao árbitro a caminho para os balneareos, José Mourinho responde: "Abordei Mike Riley ao intervalo com toda a educação. É assim que o faço, quando o faço. Mas não resultou muito bem, porque a segunda parte ainda foi pior. Respondeu-me que tinha de o deixar fazer o seu trabalho. Sou educado, ele foi educado. Não houve qualquer problema. Se me ouvirem falar, conseguem perceber que em cada 15 palavras dez são asneiras".
Declarações de Mourinho retiradas do site Maisfutebol
Etiquetas: Chelsea, Crónicas, Taça de Inglaterra, Tottenham
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