quarta-feira, abril 11, 2007

Valência CF 1-2 Chelsea FC

Estádio: Mestalla
Espectadores: 48.000
Árbitro: Kyros Vassaras (Grécia)

Valência CF: Cañizares, Miguel, Ayala, Moretti e Del Horno, Joaquín, Albiol, Albelda e Silva, David Villa e Morientes.
Treinador: Quique Flores. Jogaram ainda: Angulo e Hugo Viana.

Chelsea FC: Cech, Diarra, Ricardo Carvalho, John Terry e Ashley Cole, Mikel, Essien, Lampard e Ballack, Shevchenko e Drogba.
Treinador: José Mourinho. Jogaram ainda: Joe Cole, Makelele e Kalou.


O Chelsea venceu em Mestalla, perante 48 mil espectadores, o que dá desde logo acesso á meia-final da competição onde deverá encontrar o Liverpool, reeditando assim o confronto de 04/05, onde os Reds venceram os blues, através de um golo fantasma de Luís García.

Noite de regressos no Chelsea. Essien voltou a jogar depois de se ter lesionado na Carling Cup e Joe Cole também voltou a ser utilizado. Mourinho utilizou o 4x4x2 em losango, com toda a artilharía no miolo: Mikel, Essien, Lampard e Ballack. Ricardo Carvalho foi o único português a ser utilizado e Hilário não se sentou no banco. Do lado do Valência, Morientes voltou ao onze, relegando para o banco Vicente, que actuou no jogo da primeira mão.
O jogo começou com algumas cautelas de ambos os lados, pois os treinadores estavam cientes que um golo cedo podería alterar o rumo do jogo. Mas ainda assim coube ao Chelsea as primeiras situações de algum perígo, sendo que foram através de pontapés de canto apontados por Frank Lampard. Primeiro foi ricardo Carvalho, aos 16 minutos de jogo, mas o cabeceamento do central português saiu ao lado, e depois sería Michael Ballack a cabecear á figura de Cañizares 4 minutos depois. Após algum período de estudo de ambas as equipas, o Valência começou a tentar chegar mais próximo da baliza de Cech e aos 29 minutos de jogo, Morientes tem a primeira grande oportunidade de golo da partida, ao atirar do meio da rua ao poste da baliza do Chelsea. Estava dado o mote para o que aconteceu minutos depois. Aos 31 minutos, o Valência chegou ao golo, á semelhança do que aconteceu no jogo da primeira mão, um pouco contra a corrente do jogo. Joaquín cruzou da direita do ataque, e David Villa levou os centrais com ele, aparecendo nas costas Morientes, que rematou cruzado apanhando Cech em contrapé. Estava feito o 1-0 e era a explosão de alegría no Mestalla. O Valência procurava chegar a sua terceira final na Champions depois de ter sido derrotado duas vezes consequtivas, uma pelo Real Madrid, outra pelo Bayern de Munique.
O Valência que já vinha tendo algum ascendente, quase que chega ao segundo golo minutos depois e novamente por Morientes, valendo no caso Ashley Cole que se atravessou no caminho da bola, evitando assim males maiores para os Blues. O Chelsea acabou por ficar um pouco desorientado e denotou algumas dificuldades para penetrar na bem organizada defesa do Valência, que com Ayala e Moretti em grande, foram evitando males maiores para os valêncianos, com os jogadores do Chelsea a verem-se obrigados a rematar de longe para criar algum perígo. Foi assim que Lampard assusotu Cañizares ao minuto 36 da partida. Mas o grande momento do primeiro tempo ficou guardado para o minuto 40, quando Drogba consegue cabecear nas alturas ganhando a Ayala, após cruzamento de Ashley Cole da esquerda. O guardião espanhol com uma palmada evitou o golo do marfinênse, fazendo a primeira de duas grandes defesas ontém á noite. O intervalo chegou pouco depois, com o Chelsea a correr atrás do resultado e já com algum ascedente na partida.

No reatamento, Mourinho alterou um pouco as posições na equipa e o esquema de jogo. Retirou o apagado Diarra e fez entrar Joe Cole, promovendo assim mais um regresso á competição. Desde logo o sistema de jogo adoptado foi o 4x3x3, com Essien a recuar para defesa direito e Cole a posicionar-se mais á esquerda, com Shevchenko a cair na direita e Drogba no eixo do ataque. Esta alteração proporcionou o domnío completo do jogo ao Chelsea, que durante toda a segunda parte foi demolidor nesse sentido.
Esse domínio foi mais evidente após o golo da igualdade, conseguido ao minuto 52, por Shevchenko. Essien marca uma falta no lado direito do ataque blue e Drgoba tentou ganhar na área a Ayala, mas a bola acabou por sobrar para o ucrâniano, que na cara de Cañizares atirou a contar.
Com a eliminatória empatada, o Chelsea acabou então por se instalar no meio campo da equipa da casa, beneficiando do recuo do Valência, devido ao medo de sofrer um segundo golo que alteraría por completo o curso da eliminatoria. O Chelsea aproveitou para esplanar todo o seu futebol e Shevchenko voltou a dispôr de uma oportunidade para marcar, mas o remate saiu um nada ao lado da baliza de Cañizares, ficando a impressão de que sería pontapé de canto.
Quique Flores tentou reforçar o meio campo do Valência, claramente em perda para o do Chelsea, e retirou Morientes de campo, fazendo entrar Angulo para o seu lugar. Esta substituição permitiu ao Chelsea crescer ainda mais, pois proporcionou algumas subidas de Terry ou Ricardo Carvalho, criando algumas descompensações na área do Valência. Mais tarde, Quique Flores viu-se obrigado a retirar de campo Albiol, que saiu lesionado, e fez entar para o seu lugar Hugo Viana. Antes disso, o Chelsea voltou a ter uma oportunidade para marcar, mas o remate de Drogba saiu frouxo e á figura de Cañizares.
Nesta altura do desafio, o Valência pouco ou nada fazia no ataque, e omelhor que conseguiu foi um remate de Angulo, mas a a bola saiu ao lado da baliza de Cech. Já perto do minuto 85, surge então a outra grande defesa da noite para Cañizares. Falta na zona frontal do ataque blue, apontada por Frank Lampard. Ballack saltou mais alto que os defesas do Valência e desviou de cabeça com o guardião Che a voar para nova grande defesa com apenas uma mão, fazendo a bola subir e acabar por sair para canto. Resta dizer, que todo o estádio aplaudiu de pé (!) a acção do guardião. Do canto nada a registar.
Mas o balde de água fria, gelada mesmo, estava guardado para o minuto 90. Quando toda a gente esperva o prolongamento, até porque Mourinho ainda só tinha feito uma alteração, precisamente a de Joe Cole, prevendo que essa situação pudesse acontecer, eis que surge o segundo golo do Chelsea, que acabou logo ali com a eliminatória. Jogada de contra-ataque, que culminou com um potente remate de Essien, já de angulo algo apertado, após passe de Shevchenko. Nesta situação, Cañizares não fica totalmente isento de culpas, tendo como atenuante o facto de a bola ter batido no chão á sua frente antes de entrar na baliza. Mas o guardião podería ter feito algo mais. Este golo deitou por terra as aspirações do Valência, que tería que marcar dois golos num curto espaço de tempo, para poder seguir em frente. Sabendo disso e da quase impossíbilidade de acontecer, muitos adeptos do Valência foram abandonando as bancadas do Mestalla antes do apito final, descontentes com o desfecho do jogo e da eliminatória. No terreno, Mourinho geriu da melhor forma os minutos de jogo que restavam, fazendo as duas alterações que ainda tinha, deixando Makelele e Kalou participarem nos festejos da passagem ás meias finais da prova. O jogo terminou pouco depois, com os jogadores blues a fazerem a festa, assim como os seus responsáveis. O Chelsea vai agora encontrar muito provavelmente o Liverpool, que tráz uma vantagem de três golos da Holanda, após vitória sobre o PSV, por 0-3. Este jogo pode servir para Mourinho vingar a eliminação aos pés do Liverpool em 04/05, que acabou por consagrar a equipa de Rafa Benitez como Campeões da Europa nesse ano, mas o Chelsea sentiu-se lesado, pois o golo da equipa Red que deu a passagem á final, afinal não tinha entrado.

Etiquetas: , , ,


referer referrer referers referrers http_referer